sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Livro: São Francisco de Paula - São Francisco de Paula - História, Encantos e Mistérios - Resgatando o Passado Serrano - Volume 1


São Francisco de Paula - Rio Grande do Sul
História, Encantos e Mistérios 
Resgatando o Passado Serrano
Volume 1

Disponível na Miragem Livraria em São Fco. de Paula ou direto com o autor, envio pelo correio, também para o exterior, pagamento através da Western Union, se quiser poderá pagar através do Mercado Livre, onde já esta sendo vendido!


272 PÁGINAS
Preço R$ 40,00
Despesas de Correio: Registrado simples para um livro: R$ 10,00 (R$ 50 para depósito)
Sedex a calcular!

SUMÁRIO
 1) Os Índios de São Francisco de Paula
       I - Índios da pré-história gaúcha
             Tradição Umbu
             Tradição Humaitá
             Tradição Sambaquis 
             Tradição Tupi-Guarani
             Tradição Vieira 
            Tradição Taquara
      II - Grupo Jê (Gê) Meridional 
     III - Índios Caáguas
      IV - Índios Botocudos
       V - Índios Coroados 
            a) Lenda Kaingang 
            b) Massacre no Baile das Índias
      VI – Conclusão
 2) Padre Cristóvão de Mendonza: 1635
               1941: O que contavam aos serranos?
 3) Os Caminhos dos Tropeiros  
 4) Capitão Pedro da Silva Chaves
       I - O Fundador de São Francisco de Paula
      II – Cap. Chaves: um homem temível
 5) 1761: Capela é benta há 250 anos
 6) Coronel Juca Ourives
       I - Juca Ourives e a Revolução Farroupilha
      II - Considerações sobre a Guerra dos Farrapos
     III - Juca é mencionado por Machado de Assis
 7) A Guerra dos Farrapos em Cima da Serra
 8) Maldita Escravidão
       I - Cronologia da Escravidão Africana no Brasil
      II – Matriculados
     III - Quilombo de São Roque
      IV - A Desobriga
       V – Escravos em tribos de Coroados
      VI - Cultura e Religião Afro-Cristã
 9) Cazuza Ferreira: As Cavalhadas e o Distrito
       I - As Cavalhadas
            a) Imperador Carlos Magno
            b) A Espanha Árabe  
            c) Origens no Brasil
            d) Corrida de Cavalhadas de Cazuza Ferreira
           e) Regulamento do Piquete de Cavalhada de
                  São Francisco de Paula
            f) Cavalhadas ou Batalha entre Mouros e Cristãos
            g) Explicações sobre as partes das Cavalhadas
      II - Contemplando as Cavalhadas de Cazuza 
                    “Um dia de Cavalhadas em Cazuza Ferreira”,
                            Por Carmelita Feijó Botovchenco
     III - Um distrito chamado Cazuza Ferreira
      IV - Cazuza Ferreira: origem do nome
       V - Cazuza Ferreira: início do século XXI 
10) 1912: Fundação da Estação Meteorológica
       I - “Por que não funciona mais a Estação
                  Meteorológica?”, por Plínio Andrade Lucena
      II - A Estação Meteorológica de 1992
11) Os Acidentes Aéreos em Cima da Serra
       I - Acidente com Caça da FAB: 1947 – Passo Raso
      II - Acidente com avião da Varig: 1949 – Jaquirana
a)    Incêndio a bordo
b)    Aterrissagem forçada
c)     Materiais inflamáveis
d)    População local socorre feridos
e)    Muitos feridos. Cinco perecem! 
f)      Filho do Ministro da Justiça entre os mortos
g)    Caravana de “São Chico” vai a Jaquirana
h)    Momentos de pânico – Piloto heroico
i)      37 anos após, retorna ao local do sinistro  
     III - Acidente com avião da Aerovias Brasil: 1952 –
                   Taquaruçu, próximo ao Veraneio Hampel 
            a) A Viagem

            b) O acidente e o palco da tragédia
            c) Os sobreviventes 
            d) Revista O Cruzeiro de 28/03/1953
                 - Morte Misteriosa da Rainha da Beleza
                 - Como morreu a Rainha?
                 - O Cruzeiro localiza as principais testemunhas
            e) Caso Hilda – Delegado se defende
            f) Relato de Cíntia, filha de Ivo Schwantes
            g) Relato de Ivoni, irmã de Ivo Schwantes 
     IV - Acidente com avião Cessna: 1953 –
                   Cambará do Sul
       V - Acidente com avião AT-6 da FAB: 1953
      VI - Acidente com avião chileno: 1954 -
                   Entre Cambará do Sul e Tainhas
     VII - Acidente com avião C-119 - “Vagão Voador” -
                    da FAB:  1962 – Contendas
    VIII - Acidente com “Teco-Teco”: 1963 –
                    Várzea do Cedro
      IX - Acidente com avião P-15 - “Netuno” -
                    da Marinha Argentina: 1965 – Josafaz
12) O Aeroporto de São Francisco de Paula
       I - Campo de Pouso: Antigo Sonho dos Serranos
      II - O Aero Clube de São Francisco de Paula
            a) Futuro Presidente Jango envia telegrama ao
                   Dr. Bellerophonte Albuquerque
            b) Brizola ampara o Aeroporto de “São Chico”
            c) Verba para construção do Aeroporto
            d) 1957: Diretoria do A.C.S.F.P.
     III - Fatos Curiosos sobre Aviões na Região
            a) O 1º avião que pousou no centro – 1947
            b) Avião desce em São Jorge, Criúva – 1948
            c) Avião soltando fumaça não caiu – 1951
            d) Aviões fazem acrobacias no centro - 1962
13) José Asmuz – O Automobilista
       I - Homenagem na cidade natal
      II - Bicampeão 1960/61 – Circuito Encosta da Serra
14) Centro Antigo de “São Chico”
       I - A Rua Grande
      II – Centro: Lagoas, Banhados e Arroios   
     III - Morrinho da Igreja
      IV – Fotos antigas - Avenida Júlio de Castilhos
15) Lago São Bernardo
       I – 1944: A construção do grande açude
      II - São Bernardo pede socorro  
     III - Recuperação do lago
      IV - Outros acontecimentos
       V - Decreto nº 766/2011 
      VI – Fotos antigas – Lago São Bernardo
16) Hotel Cavalinho Branco
       I - A Origem do Hotel Cavalinho Branco 
      II - UFRGS compraria o Hotel 
     III - Decreto nº 192, de 07/11/1969
      IV - O Festival “Devonstock”
       V - Finalmente uma proposta
17) Malaquias – O Goleador do Grêmio
18) C.T.G. Rodeio Serrano
       I – A Fundação e os primeiros anos
      II - A sede própria
     III – Outros assuntos relevantes
      IV – Significado dos cargos em um C.T.G.
       V – Patrões e patroas do C.T.G. Rodeio Serrano .
19) Sociedade Cruzeiro
       I – A Fundação e seus primórdios
      II – As primeiras rainhas
     III – Outros assuntos interessantes
      IV – Antigo prédio demolido. A nova sede
       V – Algumas gestões
      VI – Presidentes da Sociedade Cruzeiro
20) Nosso Governantes e Representantes
       I - Senhores feudais
      II – Juízes de Paz e cidadãos idôneos 
      III- 1878: Os primeiros Vereadores 
      IV – A Lei Orgânica do Município
       V – Intendentes 
      VI – Prefeitos
               Resultados das Eleições de 1982 a 2008
     VII – Conselho Municipal
    VIII – Vereadores
               Referências Bibliográficas 
              

Dirceu "da Rata" - O grande declamador

Resgatando o Passado Serrano

Por José Carlos S. da Fonseca

Dirceu “da Rata” - O grande declamador

São Francisco de Paula perdeu, no último dia 19, o seu melhor declamador até então: o Sr. Dirceu Domingos dos Santos que no último dia nove havia completado 87 anos. Tio Dirceu há muitas décadas não declamava mais, mas até os anos 70 suas apresentações encantaram a muitos, deixando seus assistentes totalmente vibrados, pois no final recebia aplausos demorados e ovações da plateia que pedia bis, sendo este o seu melhor e único pagamento - o reconhecimento da sua arte da declamação - vindo dos serranos e de outros amigos forasteiros. Dirceu “da Rata”, apelido vindo do Arroio da Rata que passa pela sua fazenda e que pertencia ao seu pai José Teixeira dos Santos, o José da “Rata”, e sua mãe Aurora Paglioli dos Santos, irmã da minha avó. O avô de Dirceu era José Gomes dos Santos Sobrinho, o “Juca da Rata”, descendente dos primeiros açorianos que vieram para estas terras. Um dos melhores ginetes que representou “São Chico” em muitas paragens, pertencia ao Piquete “Juca da Rata”. Gaúcho da cepa, suas pilchas eram umas das mais lindas de serem vistas, estando sempre muito bem acompanhado de sua querida e amada prenda, a Tia Ruth. O casal comandou a patronagem do C.T.G. Rodeio Serrano de 1961 a 1963. 

Há menos de dois meses, o casal me recebeu em sua residência com aquela tradicional hospitalidade serrana, e quando disse a ele que teria no meu livro um capítulo sobre o Malaquias, filho desta terra e goleador do Grêmio, de imediato puxou seu molho de chaves e mostrou-me o chaveirinho do seu time de coração, o tricolor gaúcho. Quando falei a ele que meu pai Zequinha disse-me que quando venceu ele na declamação na 3ª Ronda Crioula, em 1967, resolveu não participar das vindouras, pois o Dirceu era praticamente imbatível nesta arte, já estando muito satisfeito com aquela grande vitória. Tio Dirceu deixa como exemplo a sua humildade, honestidade e hombridade, entre tantas qualidades, estas aqui citadas todas com agá, deste homem íntegro com H maiúsculo.

São Francisco de Paula recebeu no fim do governo do prefeito Orival Ventura Maciel, a visita do vice-presidente do Brasil, o almirante Augusto Hamann Rademaker Grünevald. Acompanhando esta importante autoridade estava o tainhense Arnaldo da Costa Prieto, futuro Ministro do Trabalho, sendo recebidos pelos serranos num grande churrasco oferecido no C.T.G. Rodeio Serrano. Na ocasião, todos assistiram uma grande apresentação do declamador Dirceu “da Rata”, a qual deixou o almirante e vice-presidente da República, Rademaker, e demais presentes totalmente impressionados. Foi realmente sensacional, basta ver a foto para ter uma ideia deste grande evento.
Dirceu, a esquerda. declama perante o vice-presidente do Brasil, o almirante Rademaker, sentado a direita- Acervo histórico

Jornal Integração nº 90, edição de 23 de dezembro de 2011

Como o jornal não será mais de cortesia, está sendo cobrado R$ 1,00 nas bancas, postarei aqui no blog, sempre na semana seguinte a publicação do que saiu na minha coluna. Quero lembrar que não recebo nenhuma remuneração do jornal, e as opiniões e as reportagens que são impressas no Jornal Integração Campos de Cima da Serra, são de inteira responsabilidade dos seus autores, e somente me responsabilizo por aquelas que escrevo na minha coluna! 
Qualquer correção ou colaboração ao que escrevi ou o que deveria escrever, será sempre bem-vinda ! Deixe seu comentário aqui! 
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 FELIZ 2012 A TODOS VOCES !!!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Discurso de Despedida de um Antigo Vereador - Final


Resgatando o Passado Serrano

Por José Carlos S. da Fonseca

Discurso de despedida de um antigo vereador

(Final)

Hoje, a 2ª e última parte do discurso proferido pelo Sr. Emilio de Oliveira Pinto na Câmara de Vereadores de São Francisco de Paula em 11 de dezembro de 1959:

“No plano administrativo, advoguei o equilíbrio orçamentário como base fundamental para qualquer administração; fui favorável a empréstimos a curto prazo como antecipação da receita, e a longo prazo para fins reprodutivos. Combati o “empreguismo” como câncer das administrações públicas e empenhei-me pela remuneração justa e condigna do funcionalismo municipal. Propugnei pela educação e assistência social como imperativo da dignidade humana e pelas rodovias como base do desenvolvimento econômico. Procurei suprir as minhas deficiências pelo esforço e pelo idealismo que me animam na vida pública. Aos correligionários e aliados cumpre-me agradecer a confiança em mim depositada na liderança dos trabalhos legislativos. Aos nobres colegas adversários na presente e em outras legislaturas, quero consignar o meu respeito, o meu apreço e a minha gratidão pelas atenções recebidas, pela compreensão e tolerância reveladas no decurso de tantas discussões, por vezes acaloradas, mas que culminaram sempre na concretização de bem público, elevando bem alto o nome desta Corporação. Tenho a satisfação íntima e imensa de contar com um amigo em cada vereador que passou por esta Casa. Alguns circundam esta mesa, ouvindo-me, outros vivem distantes e outros foram chamados ao Reino de Deus, porém, todos estão presentes em meu coração. Aos últimos rendo preito de saudade, que é prece dirigida ao Alto pelo seu descanso eterno. Ao despedir-me da vida pública, talvez para sempre, volto à paz do lar, com a consciência tranquila, sem recriminações e sem ressentimentos. Sinto-me no indeclinável dever de agradecer ao meu Partido a posição que me conferiu, candidatando-me por três vezes consecutivas à Câmara de Vereadores. Eleito em todas as oportunidades, devo essas vitórias à bondade de meus conterrâneos, à bravura de meus correligionários e à dedicação inexcedível dos meus diletos amigos que jamais permitiram fosse o meu nome derrotado em um pleito. É certo que tenha cometido faltas na minha atuação, por erro ou omissão. Julgo, porém, não ter faltado ao dever da lealdade e da honra que se impõe a um mandato eletivo. Pelas falhas cometidas considero-me absolvido, confiante na benevolência desta gente querida e boa que vive neste recanto privilegiado, querência amada, glorioso município de São Francisco de Paula. As minhas despedidas ao nosso caro Presidente, Sr. Podalyro Alves da Silva, aos nobres colegas e aos atenciosos funcionários desta Casa. Formulo votos sinceros de felicidades aos que nos sucederão neste Legislativo, bem como ao futuro Prefeito Dr. Bellerophonte Albuquerque, nosso ex-colega e distinto amigo. Por fim, encerrando estas palavras, solicito permissão para render homenagem aos prefeitos que ajudei a escolher e com os quais colaborei intimamente, relembrando os nomes do Coronel Alziro Torres Filho, de saudosa memória, Zeferino de Oliveira Teixeira e Dr. Ângelo Athanásio, dedicados e operosos administradores deste município. Adeus”. 


icados e operosos administradores deste municos suscedera Alves da Silva, aos nobres colegas e aos atenciosos funcion
Remi Souza dos Reis

Quero deixar aqui os meus sinceros pêsames a família do nosso gaiteiro “Neide” ou “Bertussi” como gostava de ser chamado, que alegrava a avenida com sua inseparável gaita. Homenageado nesta coluna em 18 de março último, e também pela Câmara dos Vereadores, além de ter prestado uma entrevista para a RBS TV, que encontrarão no Youtube ou no meu blog, deixa este mundo com muita honradez para entrar na história de sua amada “São Chico” como um dos grandes personagens do centro da nossa cidade!
 

Jornal Integração nº 83, edição de 4 de novembro de 2011
 
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Discurso de Despedida de um Antigo Vereador - 1ª Parte


Resgatando o Passado Serrano

Por José Carlos S. da Fonseca

Discurso de despedida de um antigo vereador.

(1ª Parte)

O Sr. Emilio de Oliveira Pinto teve três mandatos consecutivos como vereador (1948/1959) de “São Chico”. Antes, já havia sido membro do Conselho Municipal (1935/1937), num tempo em que um vereador não recebia salário. “Seu” Emílio foi por muitos anos gerente da agência do Banco da Província de nossa cidade, a qual escolheu para viver e onde sempre foi muito honrado. Natural de Cambará do Sul, foi um grande conhecedor da nossa história, e quando deixou a vida política fez um belo discurso que entrou para a história do parlamentarismo serrano, feito na sessão de encerramento das reuniões ordinárias da Câmara, realizada em 11/12/1959:

“Após doze anos ininterruptos de atividade no Legislativo Municipal desta comuna como vereador pela legenda do Partido Social Democrático, permito-me, ao encerrar o meu mandato, dirigir a palavra neste plenário para formular algumas considerações de ordem política, administrativa e pessoal, querendo significar, com isso, uma ligeira prestação de contas ao altivo e laborioso povo de São Francisco de Paula, o qual tive a honra insigne de representar por tão dilatado espaço de tempo. Em primeiro lugar, quero acentuar que, no desempenho de meu mandato, do princípio ao fim, obedecendo à orientação do meu Partido, tive em mira somente o bem público, deixando de lado as questiúnculas de ordem particular e secundárias, provocadoras de ódios, prevenções e desavenças que só poderiam gerar a intranquilidade e a desarmonia da família serrana, cuja união devia e deve ser preservada pelo futuro afora, a qualquer preço, para a felicidade e o progresso de todos. A posição do meu Partido e, consequentemente, a minha, foi nestes últimos doze anos, alternada em “situação” e “oposição”, oito anos na maioria e quatro na minoria. Nada de anormal nestes fatos. No verdadeiro regime democrático pelo qual tenho lutado desde a mocidade, qualquer posição é honrosa e propicia oportunidade de pugnar pelo bem coletivo, governando ou fiscalizando quem governa. Durante o meu mandato exerci essas prerrogativas com a responsabilidade de líder, ora da maioria, ora de minoria. Nesta legislatura coube a mim a responsabilidade de líder do Governo por delegação do Poder Executivo Municipal. Nas atribuições, que muito me orgulharam e desvaneceram, procurei agir com equilíbrio e serenidade, mantendo um clima de cordialidade entre companheiros e adversários, afim de que os assuntos submetidos a debate lograssem as melhores soluções.”.

CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO. 

Jornal Integração nº 82, edição de 28 de outubro de 2011
 
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domingo, 18 de setembro de 2011

Cavalgada das Prendas em São Francisco de Paula - RS

Desfile na Avenida Júlio de Castilhos de São Francisco de Paula- RS, que se iniciou às 17:50 horas.
Algumas das fotos não ficaram muito boas, pois já estava meio escuro, além de tudo o fotógrafo aqui (eu) é muito amador, hehe, aliás a câmara já esta quase indo pro museu, mas vale o registro! Clique em cima das fotos para aumentá-las

















sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Antônio Dorneu Cardoso Maciel


Resgatando o Passado Serrano

Por José Carlos S. da Fonseca

No último dia 14, o serrano Antônio Dorneu Cardoso Maciel, proeminente pessoa do estado do Rio Grande do Sul, veio a falecer na mesma cidade em que nasceu em 23/12/1945, sua amada São Francisco de Paula, onde, em 1968, foi eleito vereador pela ARENA para a legislatura 1969/1972, sendo também Secretário Municipal, comandado pelo prefeito e seu pai Orival Ventura Maciel. Contabilista formado em 1963 pela Escola Técnica de Comércio desta cidade, desde jovem mostrou uma liderança nata, sendo o orador da sua turma. Foi diretor de vários órgãos estatais, como por exemplo, a CEEE, além de ter sido o diretor-geral da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul por seis anos, onde Dorneu era considerado o “deputado sem mandato” ou o “56º deputado”, numa casa onde havia 55 eleitos, tal era o respeito e a importância que adquiriu dos parlamentares gaúchos naquela época. Conselheiro do Grêmio, era filiado ao Partido Progressista. Meus sinceros pêsames à família, amigos e seus filhos Eduardo e Karina, meus parentes pela Família Paglioli. 
Dorneu com 18 anos, formado em 1963 como Técnico em Contabilidade na Escola Técnica de Comércio de São Francisco de Paula - Reprodução do Informativo Academia Serrana
Dorneu com 24 anos, candidato a vereador com seu pai ao centro, este candidato a prefeitura de São Francisco de Paula, Orival Ventura Maciel, levando os projetos e reivindicações de "São Chico'  ao Governador Walter Peracchi Barcellos. Pai e filho foram eleitos e assumiram seus cargos no início de 1969, após Dorneu  assume uma secretaria do município. -Reprodução do Jornal Folha da Serra
Quero corrigir dois erros da edição passada, em vez de Gelson Sita, quis mencionar o falecido vereador Gilmar José Sita, e, em vez de Neiva, foi a leitora Vânia, da Farmácia Agafarma, que gentilmente me forneceu uma das primeiras Folha da Serra de 1938, antigo jornal da cidade. Na coluna de hoje, para relaxar um pouco, dois artigos interessantes sobre o Chimarrão, que encontrei na internet. O Dia do Churrasco e do Chimarrão se comemora em 24 de abril, em homenagem a fundação do CTG 35 de Porto Alegre, em 24/04/1948.

Jornal Integração nº 72, edição de 19 de agosto de 2011

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Horóscopo do Mateador


Resgatando o Passado Serrano

Por José Carlos S. da Fonseca

Horóscopo do Mateador

Áries – Esse acha que a cuia é dele! Tu tá recém pondo a chaleira no fogo, e ele já tá ali, perguntando se tá pronto. Esbaforido, sempre se queima, ou fica com a bomba entupida, pois que não tem paciência pra esperar que a erva assente. Dá-lhe um trancaço, diz que no Natal ele vai ganhar uma cuia só prá ele. Não te preocupa, que é loco manso.

Touro – ele primeiro vê se a cuia é linda, no más…
depois, fica ali, acariciando a dita, com cara de libidinoso.
Como em geral é guloso pra caraca, te passa o mate, mas fica te olhando atravessado, e ruminando… como é do seu feitio. Não vale a pena discutir com o bagual, pois além de cabeçudo, quase sempre é o dono da cuia e da bomba.

Gêmeos – o vivente já entra no rancho falando e contando causo, trovando e atraqueando que é um inferno. Tudo com a cuia na mão. Até que o povaréu começa a ficar nervoso. Conselho: antes que esfrie até a água da térmica, saiam de fininho e vão tomar mate em outro lugar. Ele nem vai notar.

Câncer – esse já pega a cuia com ar de desolado, pois que a cuia lhe lembra a mãe. De tão sentimental, às vezes até chora lembrando do primeiro chimarrão (que a gauchada nunca esquece). Quando sente medo do escuro, dorme com a cuia embaixo do travesseiro. E tem pencas de cuias e bombas entupindo as gavetas… de recordação, ele diz.

Leão – louco e convicto, não é que me inventou de mandar gravar um brasão de família na cuia e outro na bomba? Só toma chimarrão se tiver um povo em volta pra ficar lhe olhando, e aí, aproveita, e desata a trovar e a declamar, esperando que lhe aplaudam. Sempre é bom não contrariar.

Virgem – Primeiro, ele lava as mãos e todos os apetrechos, depois, confere se a erva é ecológica, e por aí vai. Acha que, o certo mesmo, era cada um ter a sua própria cuia, bomba e mate. Mas, por via das dúvidas, carrega sempre um paninho que, discretamente, vai passando no bocal da bomba. Como é metido a botiqueiro, e conhece todo tipo de erva deste Rio Grande, enquanto mateia vai dando receitas e curando, de lombriga a esquizofrenia.

Libra – Flor de fresco, chega a pegar a bomba com o dedinho levantado. Mas compensa, pelo senso de justiça. Só toma o mate depois que todo mundo já se serviu. Pra ele, matear, também pode ser sinônimo de namorar; daí que, se prenda, só faz roda de mate com a indiada marmanja, e, se marmanjo, põe açúcar e mel na cuia, e vai, todo lampero, pro Brique, ver se atrai as mosca, quer dizer, as moça.

Escorpião – pega a cuia, e matreiro… sai de fininho para algum canto, remoendo traumas, encucações e toda a sorte de loucuras. Sem essa de que vingança é um prato que se come frio, pois que, na água quente do amargo, fica tramando seus planos de vingança (inclusive, e principalmente: Revolução Farroupilha, a revanche!). E, ai daquele que não lhe passar a cuia. Outro que tem fantasias sexuais com a cuia, com a bomba e com a térmica. Só não me pergunte quais.

Sagitário – em geral estrangeiro, pois sagitariano que é sagitariano nunca está em seu país de origem; aqui, no Rio Grande, pode ser um carioca, paulista ou baiano que, sem entender nada de tradição, fica mexendo o mate com a bomba como se o amargo fosse um milk-shake.
Conheci um que queria misturar mate com fanta uva.

Capricórnio – inventou o tele-chimarrão com pingo-boy e tudo, e o chimarrão de negócios, o qual pratica toda a sexta-feira na sua empresa, que, aliás, exporta cuia, bomba, erva e demais aparatos para a gringolândia. Diz que já tá fazendo até inglês largar o chá e pegar a cuia.

Aquário – rebelde até a última cuia, acha que esse negócio de chimarrão tá superado.
Só não sabe pelo quê. Doido, mas metido a bonzinho, adora um povaréu; daí que, convida todo o vivente que estiver passando, pra sua roda de mate. Acha que se o chimarrão fosse servido na ONU, o mundo seria outro.

Peixes – inventou a leitura de cuia e recebe entidades durante a mateada. Se desconhece o tipo de ervas que usa… mas, diz que faz roda de chimarrão com os daqui e com os do além.
Por isso, um conselho de amigo: se a roda de chimarrão for em outra estância, que volte de táxi.

Observação: Desconheço o autor deste texto, quem souber nos informe, por favor!

Jornal Integração nº 72, edição de 19 de agosto de 2011

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Os 10 Mandamentos do Chimarrão


Resgatando o Passado Serrano

Por José Carlos S. da Fonseca

Os 10 Mandamentos do Chimarrão
Por Pércio de Moraes Branco (Almanaque Tchê) 

Apesar de simples e informal, a roda de chimarrão tem suas regras. Verdadeiros mandamentos, que devem ser respeitados por todos. Se você é iniciante ou está redescobrindo o costume, observe esses pontos relacionados com boa dose de humor:
1- NÃO PEÇAS AÇÚCAR NO MATE
O gaúcho aprende desde piazito o porquê o chimarrão se chama também mate amargo ou, mais intimamente, amargo apenas. Mas se tu és de outros pagos, mesmo sabendo, poderá achar que é amargo demais e cometer o maior sacrilégio que alguém pode imaginar nesse pedaço do Brasil: pedir açúcar. Pode-se por água, ervas exóticas, cana, frutas, cocaína, feldspato, dollar, etc... mas jamais açúcar. O gaúcho pode ter todos os defeitos do mundo, mas não merece ouvir um pedido desses. Portanto, tchê, se o chimarrão te parece amargo demais, não hesites, pede uma coca-cola com canudinho. Tu vais te sentir bem melhor.
2- NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO É ANTI-HIGIÊNICO
Tu podes achar que é anti-higiênico por a boca onde todo mundo põe. Claro que é. Só que tu não tens o direito de proferir tamanha blasfêmia em se tratando de chimarrão. Repito: pede uma coca-cola de canudinho. O canudo é puro como a água de sanga (pode haver coliformes fecais e estafilococos dentro da garrafa, não nele).
3- NÃO DIGAS QUE O MATE ESTÁ QUENTE DEMAIS
Se todos estão chimarreando sem reclamar da temperatura da água, é porque ela é perfeitamente suportável por pessoas normais. Se tu não és uma pessoa normal, assume tuas frescuras (caso desejes te curar, recomendamos uma visita ao analista de Bagé). Se, porém, te julgas perfeitamente igual aos demais, faze o seguinte: vai para o Paraguai. Tu vai adorar o chimarrão de lá.
4- NÃO DEIXES UM MATE PELA METADE
Apesar da grande semelhança que existe entre o chimarrão e o cachimbo da paz, há diferenças fundamentais. Como o cachimbo da paz, cada um dá uma tragada e passa-o adiante, já o chimarrão não. Tu deves tomar toda a água servida até ouvir o ronco da cuia vazia. A propósito, leia logo o mandamento abaixo.
5- NÃO TE ENVERGONHES DO "RONCO" NO FIM DO MATE
Se, ao acabar o mate, sem querer fizer a bomba "roncar", não te envergonhes. Está tudo bem, ninguém vai te julgar mal-educado. Esse negócio de chupar sem fazer barulho vale para a coca-cola com canudinho que tu podes até tomar com o dedinho levantado (fazendo pose de assumida).
6- NÃO MEXAS NA BOMBA
A bomba de chimarrão pode muito bem entupir, seja por culpa dela mesma, da erva ou de quem preparou o mate. Se isso acontecer, tens todo o direito de reclamar. Mas por favor, não mexas na bomba. Fale com quem te passou o mate ou com quem lhe passou a cuia. Mas não mexas na bomba, não mexas na bomba e, sobretudo, não mexas na bomba.
7- NÃO ALTERE A ORDEM EM QUE O MATE É SERVIDO
Roda de chimarrão funciona como cavalo de leiteiro. A cuia passa de mão em mão, sempre na mesma ordem. Para entrar na roda, qualquer hora serve, mas depois de entrar, espera sempre a tua vez e não queiras favorecer ninguém, mesmo que seja a mais prendada prenda do estado.
8- NÃO CONDENES O DONO DA CASA POR TOMAR O PRIMEIRO MATE
Se tu julgas o dono da casa um grosso por preparar o chimarrão e tomar ele próprio o primeiro mate, saibas que o grosso és tu. O pior mate é o primeiro, e quem toma está te prestando um favor.
9- NÃO DURMAS COM A CUIA NA MÃO
Tomar mate solito é um excelente meio de meditar sobre as coisas da vida. Tu mateias sem pressa, matutando... E às vezes te surpreendes até imaginando que a cuia não é cuia, mas o quente seio moreno daquela chinoca faceira que apareceu no baile do Gaudêncio... Agora, tomar chimarrão numa roda é muito diferente. Aí o fundamental não é meditar, mas sim integrar-se à roda. Numa roda de chimarrão, tu falas, discutes, ris, xingas, enfim, tu participas de uma comunidade em confraternização. Só que essa tua participação não pode ser levada ao extremo de te fazer esquecer a cuia que está na tua mão. Fala quanto quiseres, mas não esqueças de tomar o teu mate que a moçada tá esperando.
10- NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO DÁ CÂNCER NA GARGANTA
Pode até dar. Mas não vai ser tu, que pela primeira vez pega na cuia, que irás dizer, com ar de entendido, que o chimarrão é cancerígeno. Se aceitares o mate que te ofereceram, toma e esqueces o câncer. Se não der para esquecer, faz o seguinte: pede uma coca-cola com canudinho que ela etc... etc...

Jornal Integração nº 72, edição de 19 de agosto de 2011

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