Resgatando o Passado Serrano
Por José Carlos S. da Fonseca
Dr. Pompeu Castello Costa
(1920/2011)
Escrever sobre o Dr. Pompeu Castello Costa será sempre insuficiente pela grande pessoa pública que se fez representar na sua longa vida, e com muita excelência, aliás, à comunidade serrana e do Rio Grande do Sul. Dr. Pompeu nasceu em Taquara, no dia 5 de abril de 1920, e faleceu na sua São Francisco de Paula, em 14 de maio de 2011, com 91 anos bem vividos. Desde criança vivia na sua amada “São Chico”. Filho do Major Urquiza Costa, intendente deste município na segunda década do século XX, e mais adiante conselheiro municipal em 1935. O Major Urquiza, enviuvado de sua primeira esposa Julieta Boeira, os quais tiveram quatro filhos, contraiu novas núpcias com Maria Benvinda Castello Branco, com a qual teve cinco filhos, entre eles o Dr. Pompeu. Nos anos 40, o Major Urquiza advogava nesta cidade, na Avenida Júlio de Castilhos, 441, e no final desta década já era anunciada nos jornais a parceria com seu filho Dr. Pompeu no mesmo escritório. E assim prossegue a Castello Costa Advogados no mesmo local em dois séculos. Em pleno século XXI advogam os descendentes do Dr. Pompeu, seu filho Dr. Luiz Pompeu e o filho deste Dr. Márcio.
Em 19 de dezembro de 1945, recebeu o diploma de Advogado pela Faculdade de Direito da Universidade de Porto Alegre, atual UFRGS. O saudoso Oly Alves de Medeiros descreveu o Dr. Pompeu com muita maestria no livro “Raízes de Santo Antônio da Patrulha e Caraá” (2000): “gozando de altíssimo conceito profissional e social. Em 1946, elegeu-se vereador pelo Partido Social Democrático, com expressiva votação, tendo participado, como relator, da elaboração da Lei Orgânica do Município. Foi casado com Lenira Brochado Vieira, já falecida”.
As eleições municipais foram realizadas em 1947, com o fim do Estado Novo, e o Dr. Pompeu foi o candidato a vereador que obteve mais votos dos serranos, totalizando 492 sufrágios que o levaram a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal pelo quatriênio de 1948/51. Dr. Pompeu e Dona Lenira tiveram seis filhos: Maria Cristina, Luiz Pompeu, Regina Helena, Roberto, Ana Isabel e Cláudia.
Este colunista teve o privilégio de ter o Dr. Luiz Pompeu como professor na cadeira de Direito Civil, no curso de Contabilidade na saudosa Escola Cenecista, em 1983/1984, “abrindo meus olhos” para um novo Brasil que estava surgindo. Em 1983, fui presidente, nesta mesma escola, do Grêmio Estudantil Cenecista Podalyro Alves da Silva, o qual foi muito atuante com todos os seus membros, inclusive convidei o candidato derrotado nas eleições estudantis para fazer parte da agremiação, um exemplo dado pelos meus professores de que temos que nos unirmos para o bem maior em prol da comunidade a que pertencemos. Fui colega, na minha adolescência, na Escola José de Alencar, da filha caçula do Dr. Pompeu e Dona Lenira, a Cláudia.
Desde jovem o Dr. Pompeu demonstrou a sua enorme inteligência. Em novembro de 1940, aos 20 anos, foi escolhido pelos outros estudantes, em Porto Alegre, para representá-los perante o Presidente Vargas, falando da juventude brasileira e daquele momento do Brasil, e assim foi sempre solicitado a discursar em ocasiões especiais, principalmente em nosso município. Semana que vem o discurso que o Dr. Pompeu proferiu ao Presidente Vargas.
Jornal Integração nº 109, edição de 18 de maio de 2012
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